Mercado médico para 4 especialidades em alta: demanda e oportunidade

A seguir, você confere um guia direto sobre porque essas especialidades estão em alta e como aproveitar as melhores oportunidades agora.

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10 set. 2025

Está pensando em onde investir sua carreira médica ou expandir serviços? Quatro áreas merecem atenção imediata.

Todas apresentam o mesmo padrão: demanda crescente e oferta insuficiente, especialmente fora das capitais.

São elas: Nutrologia, Nutrologia Pediátrica, Medicina de EmergênciaPneumologia Pediátrica. Cada uma combina tendências epidemiológicas com janelas claras de crescimento em cidades médias e no interior.

Doutores na imagem

Panorama do mercado médico: dados e oportunidades

Os dados mais recentes mostram um cenário de forte desequilíbrio entre oferta e necessidade assistencial:

  • Nutrologia reúne 1.578 especialistas no país (0,74 por 100 mil habitantes). Mais da metade, 58,3%, atua nas capitais.

  • Pneumologia soma 4.429 especialistas (2,08 por 100 mil). Desse total, 59,5% também estão concentrados nas capitais.

  • Medicina de Emergência, especialidade mais jovem, conta com apenas 917 titulados (0,43 por 100 mil). Entre eles, 61,3% trabalham nas capitais.

Em municípios com até 100 mil habitantes, a presença dessas especialidades é mínima.

Esse vazio assistencial não representa apenas um desafio. É também uma das maiores oportunidades de expansão para quem deseja organizar a oferta com qualidade.

Nutrologia: demanda crescente e espaço em cidades médias 

A explosão da obesidade e das doenças crônicas, somada à busca por emagrecimento seguro e resultados sustentáveis, mantém a Nutrologia em alta.

Apesar do crescimento da especialidade, a oferta segue concentrada nos grandes centros e em profissionais de perfil etário mais maduro. Isso abre espaço para novos serviços em cidades médias.

As oportunidades mais promissoras estão em:

  • Clínicas de emagrecimento baseadas em evidências;

  • Linhas de cuidado integradas com a atenção primária;

  • Programas corporativos de saúde;

  • Modelos de acompanhamento recorrente (presencial e telemonitoramento). 
     

Em cidades de médio porte, entre 100 e 500 mil habitantes, ainda há poucos especialistas ativos. 
 
Nesses locais, propostas que combinam protocolos estruturados, atuação multiprofissional e métricas de desfecho ganham tração rapidamente.

3 principais indicadores de sucesso incluem:

  1. Percentual de perda de peso;

  2. Manutenção dos resultados em 6 a 12 meses;

  3. Taxa de adesão ao tratamento.

Com esse cenário, a Nutrologia se consolida como uma das áreas médicas mais estratégicas para expansão nos próximos anos.

Nutrologia pediátrica: obesidade infantil e lacunas no interior  

O aumento da obesidade infantil, da seletividade alimentar e das alergias coloca a Nutrologia Pediátrica em destaque.

Assim como na Nutrologia geral, a oferta está concentrada nas capitais, o que gera lacunas importantes em cidades polo.

As oportunidades mais promissoras estão em:

  • Ambulatórios integrados, unindo Pediatria, Alergologia e Fonoaudiologia/Psicologia;

  • Suporte multiprofissional para seletividade alimentar e alergias;

  • Programas escolares de prevenção e educação parental;

  • Contratos com secretarias municipais para linhas de cuidado, com indicadores como variação de IMC-z e redução de idas ao pronto atendimento;

  • Telegrupos para pais, ampliando o alcance e a sustentabilidade do serviço. 
     

Com essa combinação de alta demanda e baixa oferta, a Nutrologia Pediátrica se torna um campo estratégico para expansão, especialmente em cidades médias.

Urgência e emergência: déficit de especialistas e novas lideranças 

A demanda em urgência e emergência é estrutural.

As portas do SUS e da rede privada funcionam no limite durante todo o ano, com picos sazonais de doenças respiratórias e casos tempo-dependentes.

Mesmo assim, a densidade de emergencistas ainda é baixa e concentrada. No interior, há grande dependência de médicos generalistas. 
 
Esse cenário abre uma trilha clara de oportunidades:

  • Coordenação de serviços em UPAs e prontos-socorros;

  • Implantação de protocolos de alto impacto (triagem por risco, dor torácica, AVC, sepse, vias aéreas difíceis);

  • Gestão de leitos e tele-urgência para municípios remotos. 

Como o campo é jovem, existe espaço para ascensão rápida à liderança clínica. 

O tamanho déficit de especialistas e a alta pressão assistencial é incontestável. E por isso, a Medicina de Emergência desponta como uma das áreas mais abertas para novos líderes e serviços bem estruturados.

Pneumologia pediátrica: controle de crises e espaço regional 

Asma, sibilância recorrente e bronquiolite estão entre as principais causas de atendimento e internação infantil. E muitos desses casos poderiam ser evitados com controle adequado.

Hoje, a pneumologia está concentrada nas capitais. Na vertente pediátrica, a concentração é ainda maior. E dessa forma, deixa cidades médias e o interior sem espirometria infantil e sem ambulatórios de controle.

As oportunidades mais eficientes estão em:

  • Centros de controle de asma infantil com plano de ação escrito;

  • Educação familiar e revisões trimestrais;

  • Integração com Alergologia e Atenção Primária à Saúde (APS);

  • Interface com escolas;

  • Telemonitoramento sazonal de sintomas e adesão.

E quando o serviço consegue reduzir exacerbações, o uso de corticoide sistêmico e as faltas escolares, abre espaço para parcerias municipais e para a expansão regional.

Diante desse contexto, a Pneumologia Pediátrica se consolida como um eixo estratégico para expansão regional e parcerias institucionais.

Pronto para liderar a próxima onda de crescimento? 

Em resumo, essas quatro especialidades combinam demanda consistente com baixa competição organizada fora dos grandes centros.

Para transformar esse potencial em prática, é preciso escolher praças com baixa densidade de especialistas e rede mínima de apoio.

Aposte em um modelo híbrido, com protocolos bem definidos e indicadores de resultado, além de parcerias locais com planos de saúde, empresas, escolas e prefeituras.

O mercado está pronto. E quem organizar essa oferta com qualidade, protocolos claros e resultados mensuráveis terá em mãos a chance de liderar a nova fase de expansão da saúde no Brasil. 

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