Slow medicine: conheça o movimento com uma nova abordagem da prática médica
A slow medicine é uma abordagem médica que vê o paciente como um todo e está ganhando cada vez mais adeptos. Confira!
Em tempos nos quais as pessoas estão cada vez mais imediatistas e buscando soluções rápidas para seus problemas de saúde, um conceito que prega justamente o contrário disso tudo está ganhando espaço. Estamos falando da slow medicine, ou medicina sem pressa, em português.
Embora existam muitos críticos ao modelo, são vários os médicos, pesquisadores e pacientes de todo o mundo que já aprovaram esse tipo de abordagem. Saiba mais, a seguir!
O que é slow medicine? Entenda aqui!
O conceito de slow medicine resgata a primazia do tempo na ciência e na arte de cuidar. Ele vai contra as atitudes imediatistas que alguns médicos adotam para diagnosticar e tratar doenças, como a solicitação de vários exames e a prescrição de medicamentos de forma descontrolada.
A slow medicine está bastante relacionada ao atendimento humanizado, que busca ver o paciente como um todo, bem como as condições físicas, psicológicas e sociais em que ele está inserido.
Um dermatologista, por exemplo, não pode entender apenas de pele, embora essa seja sua especialidade.
Ele precisa compreender todos os sistemas do ser humano e as possíveis interações a que eles estão relacionados para saber o que está fazendo com que determinada doença se manifeste nos pacientes.
Em suma, a slow medicine é uma filosofia de prática médica que busca oferecer o melhor cuidado ao paciente, sempre com base em evidências científicas e nas situações relatadas nas consultas.
Conheça os 10 princípios da slow medicine
A slow medicine surgiu na Itália, na década de 1990. No Brasil, um dos principais defensores do método é o professor Dr. Dário Birolini, um dos primeiros a estudar essa abordagem em nosso país.
Desde o seu surgimento, o método recomenda que os médicos sigam 10 princípios básicos em seus atendimentos. São eles:
1. Tempo
Deve-se dedicar tempo para ouvir o paciente, pensar nos diagnósticos e propor os melhores tratamentos.
2. Individualização
Cada ser humano é único e deve ser observado a partir de suas características individuais, sem generalizações.
3. Autonomia e autocuidado
Os médicos devem incentivar os pacientes a terem mais autocuidados, melhorando os hábitos alimentares, prática de exercícios físicos etc.
4. Conceito positivo de saúde
O foco da slow medicine é na promoção da saúde e não na cura das doenças. Acredita-se que, se o ser humano tiver um bem-estar físico, mental e social, ele fica menos propenso a desenvolver as patologias.
5. Prevenção
O estímulo à alimentação saudável e a outras práticas preventivas deve ser considerado.
6. Qualidade de vida
Deve-se investir na qualidade de vida do paciente, bem como na aceitação do que é inevitável.
7. Medicina integrativa
A slow medicine não deve abandonar as práticas da medicina tradicional, mas sim integrar esses conhecimentos à medicina complementar.
8. Segurança em primeiro lugar
O médico precisa se abster de intervir, garantindo sempre a segurança do paciente em primeiro lugar.
9. Paixão e compaixão
Os profissionais da medicina precisam ter paixão pelo que fazem e não trabalhar apenas por dinheiro. Também deve-se ter compaixão pelos pacientes.
10. Uso parcimonioso da tecnologia
A tecnologia deve servir o homem e não o inverso! É isso que prega a slow medicine, que acredita que os médicos podem usar os novos recursos de forma parcimoniosa e eficiente para que os pacientes tenham mais autocuidado, bem como para nortear as decisões de tratamento.
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