Qual o tamanho da população de médicos no Brasil?
A população de médicos no Brasil vem crescendo significativamente ao longo dos anos, atingindo um marco histórico em 2024.
Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil conta atualmente com 575.930 médicos ativos, o que representa um aumento de 339% desde 1990.
Este crescimento, impulsionado pela expansão de escolas médicas e pela demanda crescente por serviços de saúde, reflete uma evolução acelerada no setor.
Mas como esses profissionais estão distribuídos pelo território nacional, e quais desafios ainda persistem? Veja, a seguir!
Crescimento acelerado e desigualdade na distribuição
A nova Demografia Médica do CFM revelou que, entre 2010 e 2024, a maioria dos estados brasileiros conseguiu dobrar seu número de médicos.
Apesar desse crescimento, a distribuição desses profissionais ainda é desigual. Enquanto estados economicamente mais desenvolvidos, como Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentam densidades de médicos por mil habitantes muito acima da média nacional (3,07), regiões como o Norte e o Nordeste continuam enfrentando grandes disparidades.
Por exemplo, estados como Maranhão (1,3), Pará (1,4) e Amazonas (1,6) possuem os índices mais baixos do país, ainda que tenham registrado avanços expressivos nos últimos 14 anos.
Essa desigualdade reflete não apenas as disparidades econômicas, mas também a concentração de infraestrutura de saúde e instituições de ensino nas regiões mais desenvolvidas.
A população de médicos no Brasil e a concentração urbana
Outro dado relevante apresentado pelo estudo do CFM é a concentração dos médicos nas capitais e grandes centros urbanos.
Cerca de 52% dos profissionais estão alocados nas capitais, que concentram apenas 23% da população brasileira.
No interior, onde reside 77% da população, a densidade média é de apenas 1,9 médicos por mil habitantes.
Cidades como Vitória (ES), com 18,7 médicos por mil habitantes, e Porto Alegre (RS), com 11,8, exemplificam o abismo entre as capitais e o interior.
Já estados como Tocantins mostram um modelo diferenciado, com uma proporção maior de médicos no interior (54%) do que na capital (46%).
Desafios e soluções
Apesar do avanço no número de médicos, o CFM alerta para a necessidade de políticas públicas que promovam a fixação desses profissionais em regiões carentes.
Investimentos em infraestrutura de saúde, incentivos para atuação em áreas de difícil acesso e melhorias nas condições de trabalho são essenciais para equilibrar a distribuição e garantir um atendimento de qualidade em todo o território nacional.
Além disso, a educação médica continuada é fundamental para manter os profissionais atualizados com as melhores práticas e tecnologias, melhorando a eficiência e a humanização do atendimento.
O título de especialista também é um diferencial importante, pois certifica que o médico possui competência avançada em uma área específica, agregando valor ao atendimento prestado e à confiança dos pacientes.
A população de médicos no Brasil é uma das maiores do mundo, mas enfrenta desafios estruturais que vão além da quantidade.
Distribuir esses profissionais de forma mais equitativa e garantir a qualidade do atendimento são passos fundamentais para o avanço do sistema de saúde nacional.
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