Resgatar a formação humanística do médico é um assunto que está bastante em alta no momento. Prova disso é o tema vem sendo debatido em eventos, como o VII Congresso de Humanidades Médicas, que ocorreu recentemente em São Paulo.
Para conquistar mais pacientes e até mesmo garantir que eles reajam mais positivamente aos seus tratamentos, é necessário ter uma aproximação com as pessoas e mostrar empatia, ou seja, ser mais humano.
Os avanços da tecnologia e a aproximação dos médicos e pacientes
A tecnologia tem avançado em todas as áreas e, na medicina, não é diferente. Uma pesquisa feita pela GreatCall mostra que 93% dos médicos acreditam que os aplicativos podem melhorar a saúde dos pacientes, reduzindo as internações hospitalares.
Isso porque os pacientes se tornam mais empoderados e conseguem ter mais cuidados com a saúde, como controlar a quantidade de água bebida por dia e de exercícios físicos realizados, por exemplo.
Esse monitoramento constante acaba gerando uma aproximação entre médicos e pacientes. Afinal, como as pessoas controlam mais a saúde, elas tendem a procurar atendimento especializado sempre que verificarem alguma irregularidade no organismo.
O contato mais frequente, virtual ou presencialmente, fará com que os médicos estejam mais presentes no dia a dia das pessoas. Logo, essas interações precisam ser feitas sempre de maneira humana, valorizando o outro e tornando as trocas produtivas.
A redução de doenças, por conta dos avanços da medicina, fará com que cada vez mais os médicos se tornem uma espécie de “consultores de saúde” do que profissionais que buscam a cura de patologias graves.
A formação humanística do médico nas faculdades
A relevância da formação humanística do médico tem feito com que as faculdades de medicina incluam esse conceito em seus currículos acadêmicos. Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) enfatizou essa necessidade no VII Congresso de Humanidades Médicas.
Ele declarou que “áreas como antropologia, música, cinema, filosofia, literatura e tantas outras têm muito a oferecer à medicina. São campos do conhecimento que valorizam o potencial humano e podem contribuir para o aperfeiçoamento do agir médico, trazendo impacto positivo na sua relação com o paciente”
A mesma visão tem a professora Karla Freire Rezende, que participou do mesmo evento, representando a Universidade Federal de Sergipe (UFS). De acordo com ela, em publicação do portal do CFM, os alunos da instituição têm contato com áreas humanas durante a formação, para desenvolver mais essas habilidades.
Os estudantes de medicina da UFS participam de exposições de arte, palestras, concertos de orquestra de corda, entre outras atividades, que estimulam a formação humanística do médico.
Podemos dizer que medicina está recuperando a dimensão humana de seu fazer e saber. Tal tendência pode ser observada na grande quantidade de planos de saúde que tem adotado estratégias como a do “médico da família”, assim como já ocorre no Sistema Único de Saúde (SUS).
A formação humanística do médico já vem sendo adotada com os futuros profissionais que se preparam nas universidades. Para quem já atua na área, a dica é buscar sempre por novos conhecimentos.
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