Sentir-se acima dos perigos que afligem a maior parte das pessoas, incapaz de ser atingido por acidentes ou enfermidades e, caso isso venha a acontecer, acreditar possuir total capacidade de resolver a questão sozinho: esses são alguns dos sintomas da síndrome da invulnerabilidade médica, problema que vem afetando profissionais de Saúde com cada vez mais frequência.
Nunca tinha ouvido falar no termo ou sabe pouco sobre a condição? Então acompanhe a leitura e descubra mais sobre o assunto!
Afinal, o que é a síndrome da invulnerabilidade médica?
A síndrome da invulnerabilidade médica nada mais é do que uma condição que atinge profissionais de Saúde e os faz acreditar que enfermidades ou acidentes não seriam capazes de afetá-los diretamente.
Em geral, isso acontece pela exposição rotineira a esse tipo de situação, o que provocaria uma espécie de dessensibilização progressiva diante de ameaças reais à sua própria saúde.
Com isso, médicos atingidos pela síndrome, ainda que tenham amplo conhecimento sobre enfermidades e seus potenciais riscos, não tomam sequer medidas básicas de prevenção e controle de doenças, por acreditar inconscientemente que essas regras não se aplicam a eles.
As consequências desse tipo de atitude para a qualidade de vida e bem-estar são, em geral, desastrosas. Não é incomum, por exemplo, que profissionais atingidos pela síndrome da invulnerabilidade médica apresentem sintomas e complicações de doenças que poderiam ser facilmente prevenidas com medidas simples.
A esse sentimento de invulnerabilidade somam-se as exaustivas jornadas de trabalho a que profissionais dessa categoria estão em geral submetidos, o que limita o tempo destinado a práticas que promovam o bem-estar e, consequentemente, aos cuidados com a saúde física e mental.
Como evitar e tratar a síndrome da invulnerabilidade médica?
A adoção de um programa de medidas preventivas à condição nas empresas em que esses médicos atuam exerce um papel fundamental no controle da síndrome da invulnerabilidade médica.
Trabalhar junto a profissionais especializados nas crenças que podem levar a esse tipo de comportamento pode ajudar o médico não só a evitar que elas se instalem de maneira a causar prejuízos à saúde como estimular a adoção de hábitos mais saudáveis de vida.
Em geral, vivências em grupo, nas quais seja permitido aos médicos exteriorizar conflitos dessa ordem em meio a outros profissionais com experiências semelhantes facilitam a compreensão do problema antes que ele provoque consequências mais sérias.
Em médicos que já são portadores da condição, o tratamento profissional é indispensável para evitar danos graves à saúde e garantir a preservação das condições mentais do paciente. Na maior parte dos casos, o tratamento envolve atendimento conjunto por psiquiatras e psicoterapeutas.
Quem é mais propenso a ser afetado pela síndrome da invulnerabilidade médica?
Em geral, profissionais de Saúde que são submetidos com regularidade a uma rotina estressante e já apresentam quadros de ansiedade estão mais vulneráveis ao problema, que se manifesta como uma espécie de mecanismo de defesa do ego para ocultar inseguranças ou fragilidades emocionais.
Também é comum que a síndrome da invulnerabilidade médica atinja com maior frequência médicos que estão diariamente envolvidos em casos que envolvam risco iminente de vida de seus pacientes, já que isso pode provocar uma falsa sensação de onipotência.
Por último, a condição também afeta com regularidade médicos recém-formados, que ainda não têm uma experiência clínica profunda e estão mais expostos às rotinas intensas de plantões.
Gostou de entender melhor o que é a síndrome da invulnerabilidade médica e como é possível prevenir e tratar a condição? Se você quer estar sempre por dentro de temas ligados à Medicina e Saúde não deixe de seguir o IBCMED no Facebook, Instagram e LinkedIn!