A Sexologia Clínica tem hoje um espaço importante de atuação, mostrando-se uma possibilidade cada vez mais atraente no que diz respeito ao mercado de trabalho para aqueles profissionais que se interessam por esta área.
Primeiramente, porque há uma fatia significativa da população que precisa do seu auxílio. De acordo com uma pesquisa realizada por uma empresa de preservativos com mais de mil brasileiros, mais da metade dos homens (51%) está insatisfeita com sua vida sexual. Entre as mulheres, o problema é ainda maior: 56% delas estão descontentes. A pessoa pode apresentar alterações ou perturbações no seu ciclo de resposta sexual, surgindo as dificuldades ou disfunções sexuais que impedem a vivência de uma vida sexual satisfatória e gratificante.
As causas que estão na origem ou contribuem para estas dificuldades podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas. Problemas de saúde físicos e psicológicos, uso de medicamentos, tabagismo, problemas afetivos ou de natureza relacional, falta de experiência sexual e de conhecimento do corpo, traumas sexuais, assim como fatores socioeconômicos e profissionais, podem refletir-se de forma negativa na resposta sexual.
Além disso, é importante lembrar que a sexualidade, apesar de considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos aspectos importantes para a manutenção da qualidade de vida, ainda é bastante influenciada por crenças e tabus que podem dar origem a diversas disfunções sexuais. A OMS salienta que “a saúde sexual é um estado de completo bem-estar físico, emocional, mental associado à sexualidade e não só à ausência de doença ou enfermidade”.
Nesse cenário, a Sexologia Clínica surge com um grande potencial.
Afinal, o que é a Sexologia Clínica?
A Sexologia Clínica nada mais é do que a área da ciência dedicada ao estudo do comportamento sexual humano em seus aspectos considerados normais e patológicos, sejam eles de origem psicológica, física, social ou cultural.
O profissional que atua em Sexologia Clínica deve ter completo domínio das patologias referentes à sexualidade, seja nos aspectos que influenciam o comportamento, seja em fenômenos psicossomáticos capazes de desencadear enfermidades, para poder realizar diagnósticos precisos e identificar possibilidades terapêuticas que resultem na melhora da qualidade de vida dos seus pacientes.
O médico que almeja trabalhar na área da Sexologia Clínica necessitará de uma formação sólida para garantir uma atuação embasada em conceitos científicos, especialmente em aspectos como a desmistificação de tabus e preconceitos. Também estará apto a realizar a análise e o diagnóstico de disfunções sexuais e indicará possíveis tratamentos.
Quais são as possibilidades de atuação?
O profissional que fizer um curso de pós-graduação focado em Sexologia Clínica encontrará um mercado bastante promissor de atuação em todo o país. Além de trabalhar no setor público, em hospitais e unidades de saúde, também poderá se dedicar ao atendimento em clínicas e consultórios, trabalhar em departamentos de pesquisa ou dedicar-se a lecionar em universidades.
Para garantir uma capacitação plena na área que dê ao médico total segurança para atuar nesses espaços, o melhor caminho é cursar uma pós-graduação em Sexologia Clínica.
Durante o curso, o aluno se aprofundará em temas como psicossomática da sexualidade, condução clínica e fisiopatologia sexual, que o habilitarão a realizar o diagnóstico, tratamento e acompanhamento das principais enfermidades ligadas à sexualidade, por meio da análise e reconhecimento dos aspectos que as originaram.
É importante buscar uma pós-graduação que conte com profissionais de alto gabarito, com ampla experiência prática e teórica na temática, o que possibilitará ao médico uma formação completa e um intercâmbio de experiências muito mais enriquecedor.
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