Cirurgias fetais para malformações congênitas: entenda as atualizações

Conheça as atualizações do CFM sobre cirurgias fetais para malformações congênitas e o que elas significam para a prática médica no Brasil.

29 abr. 2025

A medicina fetal tem avançado significativamente nos últimos anos, possibilitando a realização de cirurgias fetais para malformações congênitas antes mesmo do nascimento.

Esses procedimentos, que podem melhorar prognósticos e até salvar vidas, passaram por uma importante atualização nas diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O novo Parecer CFM nº 2/2025 trouxe mudanças relevantes sobre a realização dessas cirurgias, enfatizando critérios mais rigorosos para indicação, segurança e acesso ao tratamento.

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Atualizações do CFM sobre cirurgias fetais para malformações congênitas

O novo parecer do CFM substitui o documento anterior (Parecer CFM nº 13/2018) e reforça a necessidade de diagnósticos precisos e infraestrutura hospitalar adequada para a realização das cirurgias fetais.

Entre as malformações congênitas que podem ser tratadas estão a síndrome da transfusão feto-fetal, a hérnia diafragmática, o teratoma sacrococcígeo, a mielomeningocele e algumas cardiopatias congênitas.

Além disso, o documento destaca que os procedimentos podem ser feitos por cirurgia aberta ou por fetoscopia, dependendo do caso.

A decisão deve ser tomada com base em critérios rigorosos, garantindo que os benefícios da intervenção superem os riscos tanto para o feto quanto para a gestante.

O impacto das novas diretrizes na prática médica

Uma das questões mais relevantes abordadas no parecer é a necessidade de ampliar o acesso às cirurgias fetais no Brasil.

Atualmente, muitos procedimentos ainda não são devidamente custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pela saúde suplementar, dificultando o atendimento a gestantes que dependem do serviço público.

O documento reforça a importância de uma estrutura multidisciplinar qualificada para garantir a segurança e a eficácia dos procedimentos.

Outro ponto importante da atualização do CFM é a necessidade de que as famílias recebam informações detalhadas sobre os riscos e benefícios das cirurgias fetais para malformações congênitas.

A decisão de realizar o procedimento deve ser baseada em evidências científicas sólidas e considerar a viabilidade da intervenção em cada caso específico.

O futuro das cirurgias fetais no Brasil

As diretrizes atualizadas representam um avanço para a medicina fetal no país, alinhando as práticas brasileiras aos padrões internacionais.

No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a necessidade de investimento em hospitais especializados e a capacitação contínua de equipes médicas.

A expectativa é que, com a atualização das normas, haja uma maior mobilização para garantir que esses procedimentos sejam mais acessíveis, que os centros especializados recebam o devido suporte para atuar com excelência e que os especialistas tenham acesso contínuo à capacitação e aos recursos necessários para realizar as cirurgias com segurança e eficácia.

As cirurgias fetais para malformações congênitas são um marco na medicina fetal e podem transformar a vida de muitas famílias.

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