O que é psiquiatria intervencionista?
A psiquiatria intervencionista é uma área que utiliza procedimentos terapêuticos realizados em ambiente hospitalar para tratar transtornos mentais. Trata-se de uma área de interesse para quem está planejando a carreira na área psiquiátrica.
Tal abordagem surge como uma alternativa para pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais, como o uso de medicamentos e a psicoterapia. Continue a leitura para saber mais!
Psiquiatria intervencionista: um complemento aos tratamentos tradicionais
Segundo o Instituto de Psiquiatria do Paraná, apesar de os antidepressivos serem eficazes em cerca de 70% dos casos de depressão, uma parcela significativa de pacientes (30%) não obtém alívio adequado.
É aí que a psiquiatria intervencionista se apresenta como uma opção para quem precisa de opções adicionais para melhorar a qualidade de vida.
Cabe lembrar que a psiquiatria intervencionista não pretende substituir os tratamentos tradicionais, mas complementá-los.
Com o avanço das pesquisas, novas metodologias são continuamente desenvolvidas para oferecer alternativas terapêuticas para pacientes com quadros graves e resistentes a tratamentos, proporcionando esperança e maior bem-estar.
Esses métodos intervencionistas são indicados, sobretudo, para casos onde os tratamentos convencionais já foram explorados sem o resultado esperado.
Principais tratamentos na psiquiatria intervencionista
Diversos procedimentos compõem a psiquiatria intervencionista, cada um com características específicas para o tratamento de condições psiquiátricas complexas.
Entre os principais, destacam-se:
Eletroconvulsoterapia (ECT)
A ECT consiste na indução de uma crise convulsiva breve por meio de uma corrente elétrica aplicada no cérebro.
Realizada sob anestesia, é indicada para depressão grave e transtornos psicóticos, quando os pacientes não respondem a medicamentos.
Embora controversa, a ECT é amplamente estudada e reconhecida por sua eficácia em muitos casos resistentes.
Estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr)
Esse tratamento utiliza pulsos magnéticos para estimular áreas específicas do cérebro envolvidas com o humor e a cognição.
A EMTr é uma alternativa não invasiva, que não exige anestesia, e pode ser realizada de forma ambulatorial.
O método é bastante eficaz no tratamento da depressão resistente a medicamentos.
Estimulação cerebral por corrente elétrica contínua (tDCS)
A tDCS utiliza uma corrente elétrica de baixa intensidade aplicada na superfície do crânio, modulando a atividade cerebral em áreas específicas.
Ela é indicada para casos de depressão, ansiedade e até dor crônica, oferecendo uma opção segura e com poucos efeitos colaterais.
Infusão de quetamina
Originalmente utilizada como anestésico, a quetamina em doses menores tem sido aplicada para tratar depressão grave e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
A infusão de quetamina costuma proporcionar alívio rápido dos sintomas, o que é particularmente benéfico para pacientes com depressão resistente a outros tratamentos.
A psiquiatria intervencionista, portanto, oferece uma linha de tratamento inovadora e complementar.
A abordagem possibilita que pacientes com quadros graves e de difícil tratamento encontrem alternativas que podem melhorar significativamente sua qualidade de vida.
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